“Fiquei preocupadíssima com as condições”, afirma vereadora sobre IGP de Canoinhas

por admin última modificação 08/03/2018 20h46
Norma Pereira utilizou a Tribuna para pedir que comissão seja montada para investigar situação do local

Um problema já antigo em um órgão de Canoinhas foi trazido à sessão desta segunda-feira (10) para ser debatido entre os vereadores. Norma Pereira (PSDB) utilizou a Tribuna para relatar as condições precárias com que se deparou ao visitar o Instituto Geral de Perícias (IGP) da cidade. “Fiquei preocupadíssima com as condições com que as pessoas trabalham lá e com que os canoinhenses aguardam sua vez de ser atendidos”, desabafou. De acordo com ela, há apenas uma recepção para todos os cidadãos, sendo eles vítimas, réus ou os que vão desejam obter um documento de identidade. Norma ainda relatou que há apenas um banheiro, compartilhado por homens e mulheres, e que a higienização é realizada apenas uma vez por semana, mesmo que o local abrigue vítimas de violência, precisando, assim, de uma limpeza imediata. Ventiladores, ar condicionados e outros itens que garantam não só o conforto, mas as boas condições dos funcionários é, segundo a vereadora, adquirida por eles mesmos, ou por empresas que se solidarizam com a situação.

Norma Pereira lembrou que a instituição é de responsabilidade do Governo do Estado, mas destacou que se trata de uma questão de saúde pública, e que, por isso, seria importante formar uma comissão através do Legislativo para que o Secretário de Segurança Pública seja alertado sobre a situação. O edil Paulo Glinski (PSD) também se mostrou indignado com as condições do IGP, lembrando, inclusive, que a instituição não atende apenas Canoinhas, mas também Três Barras, Major Vieira e Bela Vista. O líder do Governo na Câmara citou alguns casos, como o de um crime violento ocorrido no fim de semana, que demandou posterior limpeza, e o de mulheres vítimas de violência sexual, que, devido ao fato de toda a população precisar aguardar em uma só sala, passam por constrangimentos. “Entendo ser importante montarmos uma comissão, fazendo um levantamento fotográfico para que a gente possa usar junto no nosso pedido, e também verificar com o IGP o que é preciso, levantar os pontos essenciais”, anunciou Glinski.

O presidente da Casa, Wilmar Sudoski (PSD), por sua vez, sugeriu que o gestor da unidade de Canoinhas do IGP seja convidado a ocupar a Tribuna para pontuar os déficits do local e, assim, que seja realizado um levantamento das necessidades. Disse ainda que, após a elaboração do dossiê com as fotos e os itens, seja agendada uma reunião em Florianópolis com o secretário da Segurança Pública, para que a situação seja exposta. “Acho que a soma de todos fará a diferença”, assegurou Sudoski.

Um outro ponto foi trazido à discussão pela vereadora Telma Bley (PMDB): a necessidade da implantação de um serviço de verificação de óbito, que, segundo ela, vem sendo cobrada há tempos. De acordo com Telma, algumas famílias encontram dificuldades a respeito do esclarecimento da causa mortis de entes e, quando solicitam a necropsia, “não temos pessoas, nem espaço disponível para isso.” A vereadora afirmou que o serviço poderia ser implantado regionalmente, sendo Canoinhas o município polo, e sugeriu que seja encaminhado um ofício à Secretaria de Segurança Pública solicitando o serviço, o que foi acatado por Norma Pereira, que agradeceu pelas colocações.

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