Câmara quer taxa simbólica aos “dogueiros” que ocupam espaços no Rotativo Canoinhas

por admin última modificação 08/03/2018 21h00
Iniciativa de se manter diálogo com a gerência local da Serttel partiu durante reunião entre os vereadores e os vendedores de cachorro quente

Vereadores irão propor à gerência local da Serttel, empresa pernambucana responsável por aplicar e explorar o sistema de pedágio no estacionamento do centro da cidade, a cobrança de taxa simbólica ou diferenciada aos vendedores de cachorro quente, conhecidos como “dogueiros” e que ocupam espaços dentro das vagas do Rotativo Canoinhas.

Segundo os vereadores, a medida valeria até a metade deste ano quando expira o contrato de concessão pública de cinco anos que o município mantém com a Serttel. O Rotativo Canoinhas entrou em vigor e em regime experimental no dia 12 de setembro de 2009. A partir do dia 1º de outubro do mesmo ano, o sistema passou a operar de forma definitiva.

A iniciativa de se procurar um diálogo com a empresa partiu durante reunião que os vereadores mantiveram com um grupo de “dogueiros”, na noite de segunda-feira, 26. Os ambulantes informaram que as cobranças referentes ao cartão do rotativo e sobre a necessidade de se mudar de lugar a cada duas horas foram intensificadas nos últimos dois meses e isso estaria tornando o negócio inviável. “Daqui a pouco, um vai estar ocupando a vaga do outro”, reclamou um dos “dogueiros”.

Pelos cálculos dos vendedores, além da taxa anual de R$ 49 referentes ao pagamento do alvará que permite o funcionamento dos pontos na área central da cidade, gastos de mais de R$ 300 estariam sendo contabilizados somente com a aquisição dos cartões raspa-raspa. Uma vendedora, inclusive, já teria sido multada porque sua Van não estava com o cartão no momento da abordagem feita por policiais militares. “Foi tentado o diálogo com a empresa, mas não tem como”, afirmou outro vendedor.

O fato foi lamentado por todos os vereadores, em especial por Paulo Glinski (PSD), que disse estranhar a intransigência da empresa. “Havia um ‘acordo de cavalheiros’ para que não houvesse essa cobrança”, falou o vereador, ao se referir a um suposto trato firmado entre a prefeitura, Câmara e a empresa Serttel, desde quando começou a operar o sistema de pedágio.

Os vereadores destacaram ainda a necessidade de se reorganizar o Rotativo Canoinhas e criar pontos exclusivos para a venda de cachorro quente. Mas alertaram, no entanto, que isso só será possível quando expirar o atual contrato. Atualmente, oito pontos de venda funcionam em espaços destinados às vagas do sistema rotativo.

O encontro foi intermediado pelo presidente da Câmara, Neno Pangratz (PP), tendo a participação dos vereadores Renato Pike (PR), Chiquinho da Silva (PMDB), Wilmar Sudoski (PSD), Neuzo Genérico (PSB), Osmar Oleskovicz (PSD), Paulo Glinski (PSD), João Grein (PT) e Cris Arrabar (PT).

Também se fez presente o radialista Sérgio Moreira que, na semana passada, havia relatado a situação vivenciada pelos “dogueiros” no Programa Ligação Direta, na Rádio Nativa FM, e solicitado reunião com os vereadores.

 

Assessoria de Imprensa

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